Editorial e Clipping Semanal sobre Agroindustria, Medicina Veterinária e Meio Ambiente
No. 40 - Semana de 01 a 08 de novembro de 2003                                 Agrivet: O campo virtual do verdadeiro agronegócio.

Em destaque nesta edição: 

AGROINDUSTRIA.  
Estados produtores se unem para exportar mais álcool.

AGRICULTURA ORGÂNICA. 
Minhoca: uma incansável fabricante de humus.

TECNOLOGIA AGRÍCOLA. 
Plantio direto: método permite economia e preserva meio ambiente.

Informes técnico-publicitários

. Animais poderão ser vacinados contra picadas de cobras.

. Projeto leva web onde não há luz elétrica.

Atenção: As responsabilidades pelas informações divulgadas são exclusivamente das fontes citadas nos respectivos artigos e editoriais.


AGROINDUSTRIA.
Estados produtores se unem para exportar mais álcool.

Triplicar a produção de cana-de-açúcar no país, criar empregos e, sobretudo, abrir mercados para o álcool hidratado são alguns dos objetivos da Coalização de Governadores Pró-Etanol, formada ontem, em Curitiba, por representantes de 19 estados produtores de cana. Os mercados externos que os produtores nacionais têm em vista são sobretudo os dos Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul, Tailândia, China e Índia. Utilizando a estratégia da coalizão como alavanca para desenvolver o mercado, o setor canavieiro aposta na exportação de álcool - Canaviais podem crescer em até 800 mil ha em sete anos, caso mercado externo seja ampliado.
Por outro lado, os excelentes preços do açúcar no mercado internacional em 2000 e 2001 foram os grandes motores da expansão dos plantios de cana-de-açúcar no Brasil. Neste período, a área plantada cresceu 138 mil hectares, indo de 4,59 milhões de hectares para 4,728 milhões de hectares, conforme o Agrianual 2003, da FNP Consultoria. Em 2002/2003, ainda com a euforia do açúcar, a área saltou para 4,964 milhões de hectares e produção de 326,75 milhões de toneladas. Para a safra 2003/2004, a área plantada ultrapassou os 5 milhões de hectares (5,213 milhões) e produção estimada de 356,85 milhões de toneladas de cana, segundo a FNP. A Coalizão preconiza que não objetiva pedir subsídio, preços garantidos ou privilégios e sim oferecer à nação um enorme potencial de desenvolvimento e de geraçao de emprego e renda.

FONTE: O Estado de S. Paulo
www.estado.com.br Manchetes


AGRICULTURA ORGÂNICA.
     Minhoca: uma incansável fabricante de humus.

Que tal dispor de um rebanho de 30 milhões (ou mais) de animais que trabalham dia e noite, sem feriados, dias santificados, domingos ou férias, fabricando um insumo básico que ajuda na produção de alimentos, ou na instalação de jardins, hortas e plantas ornamentais? É o que possui o minhocultor Herotides Patrício do Carmo, de Goiânia. A produção mensal de húmus, que chega a 30 toneladas, é comercializada para floriculturas, empresas de jardinagem, horticultores, viveiros e diretamente para pessoas que fazem os próprios cultivos. O agricultor diz que o húmus é um insumo útil para todos os tipos de plantios e de solos, já que é um substrato de excelente qualidade. O produto é embalado e vendido em sacos de 7,5 litros, 15 litros , 72 litros, além de kits para pescaria: trata-se de uma vasilha com 350 gramas de minhocas e composto apropriado à sobrevivência delas.
O primeiro passo para a produção de húmus, é a transformação do esterco bovino em um produto mais elaborado e livre da maioria das pragas do solo e de sementes de capins, é a obtenção de boa matéria-prima. Pode-se usar também um composto que inclui esterco bovino, cascas e restos de frutas e verduras triturados, embora em sua produção ele opte basicamente pelo esterco animal. Para garantir o produto com qualidade, ele conta com a parceria de alguns pecuaristas fornecedores, que têm cuidado especial. Geralmente, o esterco é coletado em currais cimentados (sem mistura de terra) e que deve ser armazenado por um período máximo de 30 dias, evitando-se que fique ressecado. O ideal é que o estrume seja utilizado entre 15 e 20 dias após a coleta. O transporte para o minhocário é feito em carretas.
Uma vez despejado no local, o esterco é colocado em tanques ou tubos apropriados, em camadas, de modo a que as minhocas possam fazer a transformação aos poucos. Em um tanque com 10 metros de comprimento por 1,20 metro de largura colocam-se inicialmente 20 litros de minhoca. Durante 90 dias (em intervalos de 15 dias) aplicam-se outras seis camadas de esterco e as minhocas vão fazendo a transformação. Além de promover a decomposição do esterco, transformando-o em húmus, as minhocas multiplicam-se por três no prazo de 90 dias. Isso permite ampliar o processo de produção e ainda retirar excedentes para os kits de pescaria.
Quanto ao manejo, sol demais é muito prejudicial, assim como o excesso de umidade. Por isso, os tanques e tubos ficam sob sombrite, à meia-sombra. A fermentação do estrume bovino, por si só, eleva a temperatura. Sem umidade e com calor, as minhocas sobem para a superfície e perdem desempenho. Daí a necessidade de fazer irrigação a cada dois dias durante a seca. Para evitar excesso de umidade no período das chuvas, todos os tanques e tubos possuem furos para favorecer a drenagem. A espécie utilizada é a gigante africana. A produção é obtida em 600 metros quadrados de área, distribuída entre tubos (manilhas) e tanques de cimento, que medem 10 metros de comprimento por 1,20 metro de largura. .

FONTE: O Popular/GO
www.boletimpecuario.com.br Manchetes


TECNOLOGIA AGRÍCOLA.
     Plantio direto: método permite economia e preserva meio ambiente.

Atividades distintas, produzidas na mesma propriedade, podem juntas resultar em economia para o produtor e preservação do meio ambiente. O plantio direto (PD) além de ser utilizado com sucesso na produção de grãos tem servido para integrar a produção lavoura/pecuária. Nesse sistema a mesma área que vai produzir milho, soja, sorgo, milheto produzirá também o capim para a pastagem do rebanho. Outra técnica de plantio direto permite também a recuperação de pastagens degradadas através desse modelo de agricultura integrada.
Entre as vantagens do plantio direto estão a reciclagem eficiente de nutrientes, a boa produção de palhada, o controle de plantas daninhas, impermeabilização do solo e a redução do risco de erosão e contaminação de córregos e rios. Os técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estimam uma redução de custos em relação ao sistema convencional de 10% a 15% no fim do ciclo. Mas antes de iniciar o plantio por esse sistema é preciso diagnosticar o estado do solo, pois o método não é recomendado para terrenos pobres que sejam inadequados à agricultura. Isso quer dizer que o método deve ser aplicado em terra fértil, com boa cobertura, não compactada, pH corrigido e sem erosão.
No sistema tradicional a área é preparada para o plantio com a passagem da grade, que deixa a terra mais exposta, o que facilita a erosão da área. Esse modelo de plantio direto vai evitar também que ocorra a contaminação da água da chuva, que retira da lavoura adubos e defensivos e lança-os nos rios. Esse processo permite também que o produtor tenha mais tempo para cuidar de outras atividades dentro da fazenda e buscar o máximo de produtividade com respeito ao meio ambiente, legando assim um ambiente mais saudável para as próximas gerações e evitando a contaminação das nascentes.
Uma das principais experiências de plantio direto está no plantio de capim (braquiarão) funciona como uma forma de recuperação de pastagens degradadas e alimento para o rebanho. Além da economia o produtor ganha cerca de seis meses em tempo de produção nesse processo. Pelo método convencional se plantaria dois anos de soja seguido pela plantação de um ano de milho. Com a colheita do milho, em outubro, ele semearia o capim - que só poderia usar em janeiro de 2004. Utilizando o método de plantio direto, o produtor colhe o milho e utiliza parte dele durante o período da seca. Quando chegarem as águas, no final de setembro ou início de outubro, o capim se desenvolverá e o produtor poderá usar a área em novembro para pastagem.
Com esse processo o produtor rural faz permanentemente a reforma de todas as glebas de terra da propriedade a partir de lotes de 100 a 150 hectares de cada vez. Como na criação de gado de corte, a necessidade de alimento no período da seca é maior, período em que os pastos ficam vedados ,o gado passa a sal, água e palhada de capim seco nesse período. Mesmo assim não perde peso, apesar da oferta de capim ser baixíssima. Por outro lado, na área de soja, o produtor pode optar por não colocar o gado e deixar a massa orgânica para proteção do solo. Reporter Claudio Marcos.

FONTE: Jornal Correio
www.jornalcorreio.com.br Manchetes




INFORMES TÉCNICO-PUBLICITÁRIOS
     . Animais poderão ser vacinados contra picadas de cobras.

Uma preparação para a produção de anticorpos contra picadas de animais peçonhentos desenvolvida pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Belo Horizonte (MG), está sendo anunciada como o primeiro passo para a criação de uma vacina antiofídica de uso veterinário. Segundo a pesquisadora Thaís Viana de Freitas, que desenvolveu o preparo, a constituição de uma vacina em larga escala teria uma grande demanda comercial, pois estima-se que no Brasil cerca de 1 milhão de bovinos, eqüinos e caprinos morrem ou são sacrificados todos os anos por causa de picadas de serpentes e outros animais peçonhentos.
A vantagem da vacina em relação ao soro antiofídico estaria no seu efeito profilático, que levaria à imunização do organismo dos animais contra o veneno. Além disso, Thaís ressalta que a vacina é uma opção mais barata para o criador. Mas ela salienta que o produto deve ser adaptado a cada tipo de animal e espécie de cobra.
A pesquisadora começou a desenvolver a nova preparação em 1998. Ela desenvolveu o sistema para a produção de anticorpos usando como base lipossomas (esferas produzidas em laboratórios com uma composição semelhante a membranas das células). Depois de inocular o preparo, os testes foram feitos com veneno de cascavel, considerado muito letal. "Verificamos que as cobaias estavam imunes a doses letais do veneno." Segundo Thaís, o produto está apto para ser aplicado em outros animais de grande porte com as adaptações necessárias.
A Funed e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) - que financiou a pesquisa ao custo total de R$ 40 mil - patentearam o produto no Instituto Nacional de Proteção Industrial (Inpi). O endereço da Fapemig é www.fapemig.com.br, e os telefones são: Funed (0--31) 3371-9494; Fapemig (0--31) 3280-2104 Eduardo Kattah .

FONTE: O Estado de S. Paulo e Agrolink
www.estadao.com.br Manchetes



     . Projeto leva web onde não há luz elétrica.

O projeto Núcleo Digital Solar (NDS) vai levar a internet às comunidades rurais isoladas do país, povoados que vivem até hoje sem energia elétrica. O projeto é obra do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (Ider), e tem como missão, além do acesso a novas tecnologias e à web, a capacitação de jovens da área rural em informática. O primeiro núcleo foi inaugurado no dia 18 de agosto na comunidade de Almécegas, que reúne aproximadamente 600 pessoas e pertence ao município de Trairí, interior do Ceará. O Ider prevê a expansão deste projeto dentro dos próximos três anos.
Cada NDS usará energia solar fotovoltaica para a eletrificação da escola pública local e terá um laboratório de informática. O NDS de Almécegas conta inicialmente com três computadores (serão cinco) e uma impressora; o acesso à web é fornecido em parceria com o Instituto Telemar. A escola onde foi instalado, Santa Luzia, ganhou duas novas salas de aula e será usada também como centro de atividades sociais. O Ider ainda está treinando 10 monitores locais, que irão ministrar cursos de informática para o restante da população local .

FONTE: Plantão Info
www.bdtec.com.br Manchetes


EVENTO:  V Congresso Brasileiro de Agribusiness. Dias 24 e 25 de novembro de 2003, no Jockey Club Brasileiro - Rio de Janeiro - Centro Inscrições abertas . Tel. : (21) 2262-7319, 2240-4189 .  E-mail:  webmaster@sna.agr.br.


EXPOAGROINDUSTRIAIS : Calendário oficial de exposições em todo o Brasil em OUT - NOV de 2003.


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